quarta-feira, 5 de agosto de 2020

REINO DA PRAIA 

( KALUNGA GRANDE )



  Como descrito anteriormente, o conceito “Kalunga Grande” é bem amplo. Entendemos que o “Reino da Praia” é composto tanto pelo mar quanto pela areia, pedras, rios e mata circundante. Outro aspecto importante é que a palavra praia aplica-se tanto para a água doce quanto para a salgada. ​


  A grande massa de água salgada é composta por sete oceanos: Pacífico Norte, Pacífico Sul, Atlântico Norte, Atlântico Sul, Índico, Ártico e Antártico. Além desses sete oceanos encontramos lagos compostos de águas salinas sem saída para os oceanos como o Mar Morto, Mar Cáspio, dentre outros. Dentro dos inúmeros mitos e lendas descritos pelas antigas civilizações, os mares sempre foram ponto primal de seres espirituais e, até os dias atuais, não existe tecnologia que capacite ao homem suportar a pressão exercida nos abismos submersos. ​

  Antigas lendas relatam que no fundo dos mares, rios e lagos, milhões de almas encontram-se encarceradas. As legiões do Cruzeiro depositam tais seres em gigantescas prisões astrais fortemente guardadas pelos Exus e Pombagiras do Reino da Praia, inacessíveis à outras formas espirituais. O mar também recebe náufragos de diversas espécies, além de já haver engolido cidades e civilizações inteiras.​

  A areia da praia é composta por grãos que são micro cristais. Tais cristais são micro pontos energéticos que transformam as praias em grandes emissores e receptores de energia. As areias e as águas formam pontos de força gigantescos. Existe uma aparente sensação de bem estar quando os humanos banham-se com as águas do mar ou mesmo meditam ao som das ondas, pois a água com imensa concentração de sal desobstruí e abre os pontos energéticos e a areia emana as energias necessárias para uma revitalização. ​


  O “Reino da Praia” é composto por almas conduzidas a esse ponto de força para determinadas funções, dentre elas, atuam sobre as viagens, sobre os movimentos de intercâmbio e de troca, sobre a imensidão, o desconhecido, sobre os ciclos da vida, seus altos e baixos e também nos conectando a energia de movimento, sendo ele financeiro, emocional ou intelectual.
  
  A água como um dos elementos da natureza fundamental para a vida humana, é o liquido que nos trás abundância, limpa e purifica o nosso ser material e espiritual. Entendemos que a Água é também uma energia fluente, se observa-lá podemos aprender com seu fluxo que é continuo, e nos ensina a contornar obstáculos e superar dificuldades
  
  Os exus deste Reino tem como principais locais de atuação, as areias e dunas que margeiam mares e rios, nas pedreiras, minas d'água e em todos os lugares próximos à água doce ou salgada. 

  Os Exus e Pombagiras do Reino da Praia são seres capacitados a conduzir os homens pelos caminhos da evolução, descobrindo a força interna e saindo dos labirintos da psiqué. Assim como os povos da Kalunga Pequena, curam enfermidades e abrem novos caminhos ao homem. Muitas vezes são evocados e invocados para resolver assuntos sentimentais, haja vista que o elemento água manifesta certas emoções, porém, são completamente desprovidos de sentimentos, apenas cumprindo as metas dos adeptos. São ferozes zeladores dos segredos religiosos. Quando necessário, causam turbilhões emocionais e levam a pessoa ao centro do pior labirinto sentimental. Alguns são festeiros e gostam de algazarras, outros são silenciosos e pouco se manifestam no plano material.

  ​Um dos grandes exemplos é o conhecido Exu Marabô, que é um exu que trabalha nas Ilhas, Matas e Encruzilhadas próximas a Rios, Riachos e Praias mas em muitas vertentes é erroneamente denominado como chefe de encruzilhada de trilhos. Seu trabalho consiste em trazer equilíbrio, movimento, cura e evolução, não apenas para seus médiuns, mas também para seus consulentes. 

Muitas legiões, chamadas também como “Povos” compõem o “Reino da Kalunga Grande (Praia)”:


Povo dos Rios - Chefiado por Exu dos Rios,

Povo das Cachoeiras - Chefiado por Exu 7 Cachoeiras,

Povo da Pedreira - Chefiado por Exu Pedra Negra,

Povo dos Marinheiros - Chefiado por Exu Marinheiro,

Povo do Mar - Chefiado por Exu Maré,

Povo do Lodo - Chefiado por Exu do Lodo,

Povo dos Baianos - Chefiado por Exu Baiano,

Povo dos Ventos - Chefiado por Exu dos Ventos,

Povo da Ilha.- Chefiado por Exu Marabô,

terça-feira, 4 de agosto de 2020

REINO DAS ALMAS


  Alma é uma palavra que deriva-se do latim “Animu” (aquilo que anima). De forma simplória, a alma é parte da fagulha original que ciclicamente vaga entre as reencarnações dentro dos vasos (corpos) materiais em busca da libertação. Toda peregrinação ao longo das vidas constrói e destrói convicções materiais nos seres que entram num turbilhão emocional ao longo do processo mortuário. Muitos aceitam os desígnios que lhe são impostos, outros demoram, mas acabam aceitando e alguns não. Dentro do processo de desencarne, existem duas situações distintas: A transição e a busca.

  A transição é o momento em que a pessoa acaba de se desligar do invólucro material. Neste exato ponto, existem determinados Senhores e Senhoras que direcionam para o “Cruzeiro das Almas” (portal de direcionamento espiritual). O trabalho de tais senhores é extremamente importante, pois conduzem seres que acabaram de receber o choque da morte até seulocal de descanso. Essa é a transição. Nos hospitais, igrejas, centros espíritas, terreiros, mesquitas e velórios sempre existem seres aptos a guiar os desencarnados. 



  Porém, o lado obscuro é o de aprisionadores das almas. De seres condutores, tornam-se algozes perseguidores que capturam e obrigam as almas a trabalhar nas correntes sinistras desse Reino. Os Exus das Almas são espíritos em constante contato com os seres humanos, conhecendo cada fenda na alma de cada um e os ajudando a encontrar o caminho da evolução.​
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  Outro domínio das legiões formadoras do “Reino das Almas” são os picos altos, as montanhas e desfiladeiros. Segundo antigas lendas, as almas que buscavam libertação e crescimento espiritual deveriam subir em montanhas para transcender e encontrar a imortalidade. Essa é a busca.

  Os Exus e Pombagiras das Almas conhecem os centros energéticos dos seres humanos e são capazes de libertar as correntes necessárias para o despertar do “Eu Supremo” ou a “Suprema Consciência”. Num plano material, são responsáveis pelo crescimento material e evolução intelectual, pois carregam conhecimentos de milhares de existências. 
São grandes Bruxas e Magos conhecedores de magias branca e negra, alquímia e misticismo. Com grandes conhecimentos sobre os elementos ( terra, água, fogo, ar e espirito)

Muitas legiões, chamadas também como “Povos” compõem o “Reino das Almas”:



Povo das Almas da Lomba - Chefe Exu 7 Lombas,

Povo das Almas do Cativeiro- Chefe Exu Pemba,

Povo das Almas do Velório- Chefe Exu Marabá,

Povo das Almas dos Hospitais - Chefe Exu Curadô,

Povo das Almas da Praia - Chefe Exu Giramundo,

Povo das Almas das Igrejas e Templos .- Chefe Exu Nove Luzes,

Povo das Almas do Mato - Chefe Exu 7 Montanhas,

Povo das Almas da Kalunga - Chefe Exu Tatá Caveira,

Povo das Almas do Oriente - Chefe Exu 7 Poeiras,

O REINO DO CEMITÉRIO 

(KALUNGA PEQUENA)


  Kalunga, palavra derivada dos povos do Congo ou Angola, possui uma definição que assemelha-se com “Necrópoles”, “Terra dos Mortos”, “Mundo dos Ancestrais” ou ainda a tênue linha que separa vivos dos mortos. Alguns acreditam que “Kalunga” significa o rio que separa vivos e mortos, papel muito similar ao rio “Styx” da mitologia grega. 


  A mesma palavra é usada para qualificar grupos de escravos africanos e seus descendentes que fugiam dos senhores de engenho e agrupavam-se em pequenos povoados isolados e protegidos denominados “Quilombos”. Essas comunidades acabaram por agregar índios, brancos, brasileiros e europeus, além da presença de membros da igreja católica. Tal mistura de povos e tradições criou uma cultura hibridizada e, muito provavelmente, também tenha sido incubadora natural dos mitos formadores da Quimbanda Brasileira.

  Para os ocidentais, o cemitério é um local de dor e solidão, onde as lágrimas jamais cessam, todavia, o conceito “Kalunga” difere-se culturalmente, pois os africanos acreditavam que o mundo dos ancestrais era o local de onde se emanava força e sabedoria que capacitavam as pessoas tornando-as ilustres. Quando o negro africano foi escravizado e trazido ao Brasil, atravessaram o grande rio (mar) ao qual denominaram de “Grande Kalunga” (Kalunga Grande). Assim temos duas concepções: Os cemitérios (Pequenas Kalungas) e o Mar (Kalunga Grande). Um detalhe importante é que antigos rituais crematórios de grandes autoridades e monarcas eram efetuados em embarcações dentro das águas do mar para que suas cinzas encontrassem o caminho do Reino dos Mortos. Em países do Oriente ainda existem tradições de cremação nas margens de rios.


  A diferença reside no fato de que os cemitérios são locais destinados à sepultura dos mortos. Geralmente são afastados dos centros urbanos, pois são habitat de animais repugnantes que exercem o papel decompositor, ou seja, a morte alimenta a existência de outros animais.

  Espiritualmente, os seres que compõem o “Reino da Kalunga Pequena” são muito obscuros, e parte de suas forças reside na nostalgia, nos sentimentos, ressentimentos, medos, 
angústias,  desespero, o tempo cronológico, sobre as memórias, as lembranças, os medos, e sobre o outro lado da vida. Regem a morte física, a morte simbólica e são invocadas para situações de fechamento de ciclos. 

  Em sua essência atuam com grande seriedade e firmeza, não aceitando brincaderas, fingimentos nem arrogância. Tendem a ser mais reservados e diretos em suas consutas, com grande poder de curar as piores doenças, sejam elas físicas ou espirituais. São grandes senhores e senhoras aptos à guerra, com enorme conhecimento no lançamento de feitiços. Quando zelados e cultuados com fé e dedicação são capazes de transmitir uma herança ancestral incrível e um grande poder de proteção impenetrável. 

  Muitas legiões, chamadas também como “Povos” compõem o “Reino da Kalunga Pequena”;



Povo das Portas da Kalunga.- Chefe Exu Porteira,

Povo das Tumbas.- Chefe Exu 7 Tumbas,

Povo das Catacumbas.- Chefe Exu 7 Catacumbas,

Povo dos Fornos.- Chefe Exu Brasa,

Povo das Caveiras.- Chefe Exu 7 Caveira,

Povo Kalunga da Mata.- Chefe Exu Morcego,

Povo da Kalunga da Lomba.- Chefe Exu Corcunda,

Povo das Covas - Chefe Exu 7 Covas,

Povo das Mirongas e Trevas - Chefe Exu Capa Preta (conhecido também como Exu Mironga),


O REINO DA LIRA




  O “Reino da Lira” é um dos maiores mistérios dentro da Quimbanda. Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, “Lira” significa um instrumento musical de cordas usado em tempos medievais. Apenas com esse direcionamento não entenderíamos a profundidade esotérica desse Reino, por tal motivo devemos recorrer à história para compreendermos melhor a associação entre a palavra “Lira” com o Reino de Exu que a mesma representa.

  Lira é o nome de uma cidade localizada ao norte de Uganda que desde os tempos remotos destacava-se como grande centro de negócios. A localização geográfica da cidade, assim como a fartura de água e comida, faziam dessa cidade um ponto de encontro de diversos povos. A história da cidade relata que grandes tratados comerciais ocorriam entre etnias como os ciganos, árabes, chineses e os poderosos clãs bantus. Um local que atraia estrangeiros, certamente atraia o povo do entretenimento que é composto tanto de artistas quanto das damas da noite. 


  Relatos provindos de espíritos alegam que na cidade de Lira muitos tratados comerciais eram regados com bebidas, danças, apresentações diversas e sexo. Diamantes, esmeraldas, cavalos árabes, pólvora, porcelanas, tapeçarias, peças em cobre e ouro e lindas mulheres, dentre tantos outros itens eram negociados nesse poderoso polo sócio-econômico-cultural africano. 

  Além dos negócios, guerras ocorridas entre os próprios clãs e entre o povo de Uganda com estrangeiros, em especial os árabes, construíram uma identidade particular nessa região. Com o processo escravista europeu, homens e mulheres de Lira foram acorrentados e trazidos para o continente americano. Essa é a origem real do nome desse Reino, composto por espíritos que vivenciaram os dias de glória da região de Lira.



  Porém, o “Reino da Lira” expande-se e agrega outros elementos em sua formação. Nos tempos da “Belle Époque” na França, abastados senhores frequentavam casas noturnas chamadas “cabaret”. Tais estabelecimentos eram extremamente luxuosos e existiam inúmeros espetáculos que envolviam desde danças sensuais com mulheres até apresentações circenses e óperas. Dentro de tais casas, a luxúria se mesclava aos vícios e conluio de banqueiros, policiais, assassinos e políticos que definiam os ditames do poder. O “cabaret” era uma casa onde o obscuro era rodeado por gargalhadas, sexo e luxo.

  Não podemos citar os “cabaret” sem falar acerca da prostituição. Só ocorre prostituição em locais onde os conceitos morais e éticos aplicados consideram adultério como crime ou falha religiosa. Onde o adultério não é crime ou pecado, dificilmente existe prostituição. Muitas prostitutas são mestras na arte de manipulação mental e comportamental, fazendo com que os homens cometam todos os tipos de atos quando bem presos aos seus laços. Esse estado hipnótico que tais Damas agarram suas presas, marcou a história do mundo em várias fases.​

  Os “cabaret” vieram ao Brasil através da colonização europeia. Além das moças, imigraram também algumas atrações que costumeiramente apresentavam-se em tais casas. Ao longo do tempo, mulheres de etnia indígena e negra também compuseram os “cabarés” brasileiros, onde ricos e poderosos senhores costumeiramente frequentaram. No processo formador da história do Brasil, os cabarés estiveram em diversos “bastidores”, assim como as prostitutas.



  Na Quimbanda, o “Reino da Lira” é um espaço astral composto por toda essa legião que circundava o mundo dos negócios, da sedução e dos cabarés. Prostitutas, cafetões e cafetinas, senhores abastados (banqueiros, políticos, fazendeiros), jogadores e apostadores, artistas circenses, ciganos e ciganas, viciados em sexo e luxúria, assassinos passionais, traficantes, dentre outros seres.

  Seus pontos de força são os cabarés, motéis, boates, discotecas, bares, casas de aposta, porta de bancos, locais onde existam circos e outras atrações do gênero, casas antigas, casas de espetáculo e museus. Todavia, as legiões da Lira também respondem em quase todas as partes das cidades urbanizadas.

  Os Exus e Pombagiras desse Reino são seres espertos e ladinos, aptos e sempre prontos para os golpes de boa sorte. São portadores de caminhos para as riquezas materiais e satisfações carnais. Podem levantar da miséria os adeptos dando oportunidades de trabalho, retirando pessoas dos vícios e depressões.

  Muitas legiões, chamadas também como “Povos” compõem o ''Reino da Lira'';



Povo dos Infernos - Chefiado por Exu 7 Infernos ,

Povo dos Cabarés - Chefiado por Exu do Cabaré,

Povo da Lira - Chefiado por Exu 7 da Liras,

Povo dos Ciganos - Chefiado por Exu Cigano,

Povo do Oriente - Chefiado por Malé ,

Povo dos Malandros - Chefiado por Exu Zé Pelintra,

Povo do Lixo - Chefiado por Exu Mulambo,

Povo do Luar - Chefiado por Exu 7 Luas,

Povo do Comércio - Chefiado por Exu Chama Dinheiro,

O REINO DAS ENCRUZILHADAS



  Desde as épocas mais remotas, muitos mistérios cercam as encruzilhadas. Culturas milenares faziam uso dessas localidades para os cultos, oferendas e pactos. Dito pelas antigas tradições, as encruzilhadas são o ponto de interseção entre dois mundos: O mundo físico e o mundo espiritual. 


 As encruzilhadas são os locais onde ocorre o entroncamento e direcionamento energético encaminhando as almas ao destino prescrito, ou seja, os “espíritos” encontram rumo correto no reino dos mortos. Vinda de qualquer direção, uma energia flui apenas por três caminhos distintos nas encruzilhadas. Estátuas e monumentos diversos foram erguidos em tais pontos para sinalizar o limiar entre o profano e o sagrado.

  Como símbolo que une o físico ao espiritual, entendemos que a linha horizontal representa o mundo espiritual e a linha vertical o físico. O centro é onde ocorre a junção dos dois mundos. É o ponto de maior força e poder.

  As encruzilhadas determinam a trajetória que deveremos seguir em nossas vidas, bem como o destino dos nossos desejos e súplicas.

 A encruzilhada é o grande portal que possibilita aos Exus estarem em qualquer lugar, o que faz dela um dos locais mais importantes para o culto de Exu, afinal, Exu direcionará de acordo com as necessidades.




  O princípio dinâmico, vital aos seres individualizados, dentro dos cultos afro-brasileiros está intimamente ligado ao mistério de Exu. Segundo a cultura Nagô, é a qualidade de Exu (Èsú) Bara, Senhor dos Caminhos, que junto à qualidade de Exu Onã, abre e fecha a vida individual para elementos construtivos e destrutivos. Exu fica a esquerda dos caminhos controlando tudo que por eles passam. A encruzilhada aparece para Exu, sob o nome de orixa, o ponto predileto, onde um único caminho reparte-se em três. Exu é o centro de toda comunicação, controlador dos caminhos e ordenador de todas as coisas que existem. Exu torna-se o regente da encruzilhada na horizontal e vertical, sendo o grande vínculo entre os homens e os espíritos. 

  Os Exus são chamados nas encruzilhadas para trabalhar nos templos, assim como suas oferendas devem ser feitas no mesmo ponto de força. Além disso, estão intimamente ligados ao imaginário infernal, assim como à cidade de Torrinha, berço da lendária Maria Padilha.

  A Quimbanda utiliza do “Reino das Encruzilhadas” para intercambiar todos os demais Reinos. As encruzilhadas são como “vias” energéticas que possibilitam a locomoção espiritual dos seres. Essas Legiões proporcionam vitórias contra todos os inimigos, ensinam feitiços poderosos, abrem os caminhos fechados e quando necessário curam enfermos. Trabalham nos processos de sedução e escravidão amorosa, além de serem excelente conselheiros aos filhos e adeptos da arte 
negra.


  Muitas legiões, chamadas também como “Povos” compõem o “Reino das Encruzilhadas”:



Povo da Encruzilhada da Rua - Chefe Exu Tranca-Ruas,

Povo da Encruzilhada da Lira - Chefe Exu 7 Encruzilhadas,

Povo da Encruzilhada da Lomba - Chefe Exu Veludo ,

Povo da Encruzilhada dos Trilhos- Chefe Exu do Aço,

Povo da Encruzilhada da Mata - Chefe Exu Pantera Negra, 

Povo da Encruzilhada da Kalunga - Chefe Exu Pinga Fogo

Povo da Encruzilhada da Praça - Chefe Exu Tiriri, 

Povo da Encruzilhada do Espaço - Chefe Exu 7 Gargalhadas, 

Povo da Encruzilhada da Praia - Chefe Exu Kirombó,

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

O REINO DOS CRUZEIROS




  Os antigos feiticeiros ensinavam que o “Cruzeiro” é o verdadeiro portal que como toda porta, possui duplo fluxo: Entrada e saída. O Reino dos Cruzeiros está intimamente ligado a todos os outros reinos por fazer parte da transição entre um reino e outro.


  Sendo assim seus pontos de atuação todos os locais de passagens e pontos de trocas, sendo elas físicas, emocionais, mentais ou simbólicas. Seus principais pontos são: Em todos os locais de passagens e cruzamentos, portas e portões (terreiros, igrejas, templos, hospitais, cemitérios, comércios...), entradas e saída de matos, praias e praças e também na Cruz Mestre dos Cemitérios e Igrejas - O mais conhecido por Cruzeiro das Almas.




  O Reino dos Cruzeiros foi denominado por muitas raízes como sendo das pombagiras, o chamado '' T '' de pombagira, separando assim Encruzilhada para homem e Cruzeiro para mulher. Mas por entendermos que todos os exus e pombagiras trabalham sempre com seus companheiros, teremos ambos em todos os reinos e locais.


  Os Exus que manifestam-se em tais linhas são intransponíveis guardiões dos Templos de Quimbanda, Umbanda a té mesmo de Igrejas e Centros Espiritas na defesa contra energias negativas e espiritos mal intencionados, responsáveis pela defesa contra os lançamentos de pragas, feitiços, doenças e são capazes de evitar graves acidentes.


  As encruzilhadas são vias de acesso das almas aos destinos que lhes competem, e os cruzeiros são os portais entre os planos vibracionais. Entendemos que os cruzeiros são os portais de entrada e saída dos seres que estão se locomovendo nos planos astrais. Portanto, os dois reinos estão intimamente ligados.




Povo do Cruzeiro da Rua - Chefe Exu Tranca Tudo,

Povo do Cruzeiro da Praça - Chefe Exu Mirim,

Povo do Cruzeiro da Lira - Chefe Exu 7 Cruzeiros,

Povo do Cruzeiro da Mata - Chefe Exu Mangueira,

Povo do Cruzeiro da Calunga - Chefe Exu Kaminaloá,

Povo do Cruzeiro das Almas - Chefe Exu 7 Cruzes,

Povo do Cruzeiro do Espaço - Chefe Exu 7 Portas,

Povo do Cruzeiro da Praia - Chefe Exu Meia Noite,

Povo do Cruzeiro do Mar - Chefe Exu Calunga do Mar,